Review: Magical: So Is The Musical RODGERS & HAMMERSTEIN'S CINDERELLA Which Premiered This Week In Sao Paulo.

By: Mar. 26, 2016
Enter Your Email to Unlock This Article

Plus, get the best of BroadwayWorld delivered to your inbox, and unlimited access to our editorial content across the globe.




Existing user? Just click login.

Bianca Tadini as Cinderella
photo by Mare Martin

Rodgers + Hammerstein's Cinderella is a musical in two acts with music by Richard Rodgers, lyrics by Oscar Hammerstein II and a book by Douglas Carter Beane based partly on Hammerstein's 1957 book. The story is based upon the fairy tale Cinderella, particularly the French version Cendrillon, or la Petite Pantoufle de Verre, by Charles Perrault. The story concerns a young woman forced into a life of servitude by her cruel stepmother, who dreams of a better life. With the help of her Fairy Godmother, Cinderella is transformed into an elegant young lady and is able to attend the ball to meet her Prince, but, in this version, she must open the Prince's eyes to the injustice in his kingdom.

Rodgers and Hammerstein originally wrote the songs for a 1957 television broadcast starring Julie Andrews, and it was remade twice for television and adapted for the stage in various versions prior to the Broadway production. The 2013 adaptation was the first version of Cinderella with the Rodgers and Hammerstein score mounted on Broadway. The new book by Beane introduces several new characters and a sympathetic stepsister, and the score features several new Rodgers and Hammerstein songs.

Não é de agora que o venerável conto de fadas Cinderela foi contado em um musical da Broadway. A primeira vez ocorreu em 1855 quando Cinderella (ou O Sapatinho de Cristal), uma ópera de três atos, apareceu por uma temporada de um mês, no Broadway Theater. Outras encarnações do conto se seguiram, mas foi na televisão que a versão de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II (South Pacific, Carousel, O Rei e Eu) estreou, numa transmissão ao vivo, em 1957, estrelando Julie Andrews - vinda do sucesso de My Fair Lady - como Cinderela e Jon Cypher como o Príncipe.

Bruno Narchi as Prince Topher
photo by Mare Martin

Duas remontagens para a tevê se seguiram, a primeira em 1965 estrelando Lesley Ann Warren no papel da Gata Borralheira e Celeste Holm como a Fada Madrinha, e uma segunda, em 1997, com Brandy no papel principal, Bernadette Peters fazendo a Madrasta, Whitney Houston como a Fada Madrinha e Victor Garber e Whoopi Goldberg como o Rei e a Rainha. Ao mesmo tempo versões para os palcos começaram a surgir em turnês pelos Estados Unidos e montagens regionais. Finalmente uma versão para a Broadway foi lançada em 2013 com o título de Rodgers & Hammerstein's Cinderella (Cinderella, de Rodgers e Hammerstein, no Brasil) apresentando um novo libreto por Douglas Carter Beane, que introduziu um cara mau na trama - um Primeiro Ministro vil, uma espécie de Robin Hood às avessas chamado Sebastian - e uma trama romântica secundária protagonizada por um rebelde chamado Jean-Michel, que está apaixonado por Gabrielle, a meia-irmã de Cinderela. Um enfoque político foi adicionado para fazer o enredo mais contemporâneo. Mudanças também foram feitas no score. Ao mesmo tempo em que manteve as canções do especial televisivo de 1957 ("Em Meu Próprio Cantinho", "Há Menos de Dez Minutos", "Ridículo/Que Máximo", "Te Amo Porque És Única" etc...) o score também incluiu algumas canções rejeitadas do catálogo musical de R&H, como "A Solidão da Noite" e mais notadamente "Now Is the Time", uma canção vibrante que foi cortada de South Pacific (e desta montagem brasileira).

from left to right: Raquel Antunes (Charlotte), Totia Meireles (Madame), Giulia Narduz (Gabrielle), Tiago Barbosa (Lord Pinkleton) and Diego Luri.
photo by Mare Martin

Após alguns acidentes de percurso, como a troca de diretores e de alguns atores, a montagem brasileira finalmente estreia no Teatro Alfa... e não poderia estar melhor! Com direção habilidosa da dupla especialista em musicais, Charles Möeler & Claudio Botelho - este último também responsável pela ótima versão brasileira - o que temos é um espetáculo mágico, a começar pelos cenários (Rogério Falcão) e figurinos (Carol Lobato) que parecem ter saídos de um livro de contos de fada. Quando os andrajos de Cinderella se transformam num belo vestido de baile, ou quando aparece a carruagem e seus cavalos a plateia fica boquiaberta. O encantamento continua nos efeitos especiais com projeções tridimensionais nunca vistas antes nos palcos brasileiros, com gigantes e dragões cuspindo fogo. Tudo isso sem a menor afetação e sem parecer infantiloide, começando pela atuação de Totia Meireles, numa criação inspiradíssima de uma madrasta má, sem concessões, cheia de verve e ironia. Bianca Tadini, que naturalmente já tem um ar elegante e gentil, empresta sua voz afinada e doce além de sua beleza ao personagem e dá uma dimensão dramática para Cinderella nunca imaginada. O mesmo pode se dizer do príncipe Topher criado por Bruno Narchi, que constrói uma alteza altruísta e em crise existencial cheio de gigantes malvados e dragões internos que precisa combater. E assim todo o elenco é impecável, com caras e tipos bem característicos de histórias infantis, parecendo ter saído de um filme da Disney, obra do visagismo de Beto Carramanhos. Bruno Sigrist, como o revolucionário Jean-Michel, tem uma voz pura e um tipo cativante. Igualmente encantadora é a Fada Madrinha feita por Ivanna Domenyco. Também merecem destaque as meias-irmãs sem-noção de Cinderella Guilia Narduz (Gabrielle) e Raquel Antunes (Charlotte) engraçadíssimas, Carlos Capeletti como o perverso Primeiro Ministro Sebastian e Tiago Barbosa, que a cada musical mostra sua versatilidade e aqui não é diferente ao revezar os papéis de Lorde Pinkleton e do Príncipe Topher (nas sessões de quinta feira).

Bruno Sigrist as Jean-Michel
photo by Mare Martin

As coreografias de Alonso Barros completam o encanto, em especial na cena da valsa, onde os atores e bailarinos dançam uma intrincada e divertida gavota, complementada perfeitamente pela regência e direção musical de Carlos Bauzys que é alegre e eficiente, com uma orquestra talentosa de dezoito músicos.

Dos criadores de Oklahoma!, o show que revolucionou e modernizou os musicais, e de A Noviça Rebelde, um dos musicais mais queridos de todos os tempos, Cinderella, de Rodgers e Hammerstein é prazeroso de assistir com sua pegada surpreendentemente contemporânea do conto clássico. Esta produção exuberante que exibe transformações de cair o queixo e aqueles momentos todos que fazem parte do nosso imaginário - a abóbora, o sapatinho de cristal, o baile de máscaras, as doze badaladas - além de algumas reviravoltas inesperadas na trama, irá transportá-lo de volta à infância, tudo embalado por belas canções de Rodgers & Hammertein, numa experiência divertida e romântica para quem um dia já teve um sonho.

Ensemble
photo by Mare Martin

Serviço:
Cinderella, de Rodgers e Hammerstein - O Musical
Onde: Teatro Alfa
Endereço: Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 - Santo Amaro - São Paulo - SP
Quando: Quinta às 21h / Sexta às 21h30 / Sábado 16h e 20h / Domingo às 17h.
Cartaz: De 24 de março até 10 de abril
Quanto: A partir de R$ 60 até R$ 90
Ingressos: Site ingresso rápido
Telefone: (11) 5693-4000
Classificação: Livre.



Comments

To post a comment, you must register and login.

Vote Sponsor


Videos