by Claudio Erichman. The recitals run from October 31st through November 09th, at São Paulo's Theatro Municipal.
São Paulo, Brazil — From October 31 to November 9, the Theatro Municipal de São Paulo revisits one of Verdi’s darkest and most complex operas, Macbeth, in a new production directed and designed by Elisa Ohtake. Conducted by Roberto Minczuk, the staging reimagines Shakespeare’s tale of ambition, guilt, and downfall through a contemporary and visually striking lens that examines the boundaries of human desire and the price of power. Performances take place at the Sala de Espetáculos of the Theatro Municipal on October 31; November 1, 4, 5, 7, 8, and 9 (evening and matinee sessions). Tickets range from R$10 to R$210.
Composed by Giuseppe Verdi (1813-1901) in 1847, Macbeth was the composer’s first adaptation of Shakespeare for the operatic stage—a daring work that broke from the romantic conventions of 19th-century Italian opera. With a libretto by Francesco Maria Piave (1810-1876) and additional text by Andrea Maffei (1798-1885), it tells the story of the Scottish general Macbeth, whose encounter with three witches ignites a ruthless pursuit of the crown, spurred on by the manipulative Lady Macbeth. The couple’s descent into madness and paranoia unfolds against Verdi’s turbulent and emotionally charged score, filled with dramatic choruses and haunting arias that lay bare the psychological torment of the characters.
Ohtake’s direction gives new resonance to Verdi’s tragedy by framing it in an atemporal, almost surreal environment, where ambition, violence, and collapse coexist in stark imagery. “I wanted to bring some of my freedom from contemporary theater into opera,” she explains. “The set and direction are inseparable — both emerge from the idea of excess, of hybris, that defines Shakespeare’s and Verdi’s Macbeth”. The production makes bold use of symbolism: Lady Macbeth’s guilt manifests in blood that spreads across walls and furniture, while the witches’ forest becomes a deforested wasteland. Even the castle’s collapsing ceiling evokes environmental and moral decay.
The Coro Lírico Municipal and Orquestra Sinfônica Municipal bring Verdi’s score to life, joined by a rotating cast: Marigona Qerkezi and Olga Maslova alternate as Lady Macbeth, Craig Colclough and Douglas Hahn share the title role, Savio Sperandio and Andrey Mira portray Banquo, while Giovanni Tristacci and Enrique Bravo take on Macduff. Costumes are by Gustavo Silvestre and Sônia Gomes, with lighting by Aline Santini and movement direction by Roberto Alencar and Ohtake herself.
This new Macbeth doesn’t just retell a classic—it interrogates it. In Ohtake’s hands, Verdi’s opera becomes a mirror of our own time: a world of unceasing wars, moral numbness, and insatiable ambition, where the ghosts of guilt and greed remain ever. For lovers of opera, theater, and Shakespeare alike, this Macbeth promises to be both a visual and emotional revelation — a tragedy reborn for the 21st century. present.
De 31 de outubro a 9 de novembro, o Theatro Municipal de São Paulo revisita uma das óperas mais sombrias e complexas de Verdi, Macbeth, em uma nova produção dirigida e cenografada por Elisa Ohtake. Sob a regência do maestro Roberto Minczuk, a montagem reimagina o clássico de Shakespeare sobre ambição, culpa e queda moral em uma leitura contemporânea e visualmente impactante, que examina os limites do desejo humano e o preço do poder. As apresentações acontecem na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal nos dias 31 de outubro; 1º, 4, 5, 7, 8 e 9 de novembro, com sessões à tarde e à noite. Os ingressos variam de R$10 a R$210.
Composta por Giuseppe Verdi (1813-1901) em 1847, Macbeth foi a primeira adaptação de Shakespeare feita pelo compositor para o palco operístico — uma obra ousada que rompeu com as convenções românticas da ópera italiana do século XIX. Com libreto de Francesco Maria Piave (1810-1876) e acréscimos de Andrea Maffei (1798-1885), a trama acompanha o general escocês Macbeth, cuja ambição é despertada pelas profecias de três bruxas e pela manipulação de sua esposa, Lady Macbeth. A busca insaciável pelo trono leva o casal a um turbilhão de loucura e paranoia, em meio a uma partitura de intensidade emocional que expõe a alma atormentada dos protagonistas.
A direção de Ohtake dá nova vida à tragédia de Verdi ao situá-la em um ambiente atemporal e quase surreal, onde a ambição, a violência e o colapso convivem em imagens simbólicas marcantes. “Quis trazer um pouco da minha liberdade do teatro contemporâneo para a ópera”, explica a diretora. “Cenário e direção nascem juntos — ambos partem da ideia de excesso, da hybris, que está presente em Shakespeare e em Verdi”. A encenação faz uso ousado de símbolos: o sangue que Lady Macbeth tenta limpar acaba se espalhando pelas paredes e móveis; a floresta das bruxas surge como uma área devastada; e o teto do castelo desaba, evocando o colapso moral e ambiental do poder.
O Coro Lírico Municipal e a Orquestra Sinfônica Municipal dão vida à música de Verdi, com um elenco revezando-se nos papéis principais: Marigona Qerkezi e Olga Maslova como Lady Macbeth; Craig Colclough e Douglas Hahn como Macbeth; Savio Sperandio e Andrey Mira como Banquo; e Giovanni Tristacci e Enrique Bravo como Macduff. Os figurinos são assinados por Gustavo Silvestre e Sônia Gomes, a iluminação é de Aline Santini, e a preparação corporal, de Roberto Alencar e da própria Ohtake.
Esta nova leitura de Macbeth não apenas revive um clássico — ela o reinterpreta. Nas mãos de Ohtake, a ópera de Verdi torna-se um espelho de nosso tempo: um mundo de guerras incessantes, anestesia moral e ambição desmedida, onde os fantasmas da culpa e da ganância continuam a nos assombrar. Para os amantes da ópera, do teatro e de Shakespeare, este Macbeth promete ser uma experiência visual e emocional inesquecível — uma tragédia renascida para o século XXI.
Informações principais:
Roberto Minczuk, direção musical
Elisa Ohtake, direção cênica e cenografia
Hernán Sánchez Arteaga, regente do Coro Lírico Municipal
Aline Santini, design de luz
Gustavo Silvestre e Sônia Gomes, figurino
Roberto Alencar e Elisa Ohtake, preparação corporal
Ronaldo Zero, assistente de direção cênica
Lady Macbeth
Marigona Merkezi (dias 31, 4 e 8)
Olga Maslova (dias 1, 5, 7 e 9)
dias 31, 04, 07 e 09
Craig Colclough, Macbeth
Savio Sperandio, Banquo
Giovanni Tristacci, Macduff
dias 01, 05 e 08
Douglas Hahn, Macbeth
Andrey Mira, Banquo
Enrique Bravo, Macduff
Elenco único (todas as datas)
Isabella Luchi, Lady-in-waiting
Mar Oliveira, Malcolm
Julián Lisnichuk, Assassino, Arauto e Criado de Macbeth
Rogério Nunes, Médico
Alessandro Gismano, 1ª aparição
Graziela Sanchez, 2ª aparição
Cauê Souza Santos, 3ª aparição
Local: Theatro Municipal, Sala de Espetáculos, São Paulo (SP)
Datas e horários:
31 de outubro de 2025, às 20h
1 de novembro de 2025, às 17h
4, 5, 7 de novembro, às 20h
8 e 9 de novembro, às 17h
Duração: Aproximadamente 180 minutos
Classificação indicativa: acima de 10 anos
Ingressos: de R$ 33,00 a R$ 210,00 (inteira)
Acessibilidade: tradução em Libras, acesso para cadeirantes, banheiro acessível
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