tracker
My Shows
News on your favorite shows, specials & more!
Home For You Chat My Shows (beta) Register/Login Games Grosses

TITANÍQUE — THE MUSICAL Splashes into São Paulo with Céline Dion, Camp, and Chaos Afloat

By Claudio Erlichman. Now on stage at the Teatro Sabesp Frei Caneca, the production runs until December 14th.

By: Nov. 03, 2025
TITANÍQUE — THE MUSICAL Splashes into São Paulo with Céline Dion, Camp, and Chaos Afloat  Image

São Paulo, Brazil  —  Now playing at Teatro Sabesp Frei Caneca until December 14, TitanÍque — The Musical is everything you never knew you needed: a gloriously unhinged parody of Titanic (yes, the 1997 blockbuster with Leo and Kate), retold by none other than Céline Dion herself—or rather, the dazzlingly funny Alessandra Maestrini, who channels the Canadian diva with sequined ferocity, a touch of madness, and a whole lot of heart.

Created by Marla Mindelle, Tye Blue, and Constantine Rousouli, TitanÍque reimagines the doomed romance of Jack and Rose through a glittery, camp-soaked lens, powered by Dion’s greatest hits — from “My Heart Will Go On” to “It’s All Coming Back to Me Now.” In the Brazilian version, directed by Gustavo Barchilon, the chaos gets an extra dose of tropical flair, fusing Broadway humor with the irreverent spirit of Brazilian besteirol.

TITANÍQUE — THE MUSICAL Splashes into São Paulo with Céline Dion, Camp, and Chaos Afloat  ImageThe cast is a dream team of comedy and charisma: Marcos Veras’s scruffy, lovable Jack; Giulia Nadruz, whose powerhouse vocals make Rose as fiery as she is funny; and Luis Lobianco, stealing scenes as Rose’s overbearing mother Ruth—complete with a taxidermied dove headpiece and enough sass to sink a ship. Add George Sauma as the deliciously villainous Cal (Grindr included), Talita Real belting “All By Myself” as the unsinkable Molly Brown, and Valéria Barcellos turning the iceberg into a Tina TurnerRuPaul hybrid, and you’ve got a comedy so over-the-top it nearly breaks the fourth wall—and occasionally does.

Behind the madness is a tight, joyful band (perched on the sides of the stage) and a clever set by Natália Lana, who revamps the Conserto Para Dois set ship into a playground for absurdity. The Portuguese adaptation by Rafael Oliveira sparkles, nailing every pun and keeping the humor deliciously local. But beneath the glitter and punchlines, TitanÍque somehow finds a heart. Amidst Céline’s melodramatic asides and the chorus’s synchronized chaos, there’s a wink of sincerity — a reminder that art, like love, is best when it refuses to take itself too seriously. With its sequins, powerhouse vocals, and tongue firmly in cheek, TitanÍqueThe Musical is a buoyant, joy-drenched reminder that even when everything’s going down, there’s always time for one last song. By the time the ship hits the iceberg, you’ll already be crying—from laughter.

TITANÍQUE — THE MUSICAL Splashes into São Paulo with Céline Dion, Camp, and Chaos Afloat  Image
A lunatic musical that came from off-Broadway to reprise (or ruin?)
the love story between Rose (Giulia Nadruz) and the poor artist Jack (Marcos Veras).
photo by Edgar Machado.

Uma comédia hilária e irreverente do icônico filme de 1997, embalada pelos maiores sucessos de Céline Dion. A nova produção brasileira, com direção geral de Gustavo Barchilon, fica em cartaz até 14 de dezembro no Teatro Sabesp Frei Caneca

Titanic... O velho e bom Titanic — esse navio inafundável que continua navegando firme pelo imaginário popular. O “Navio dos Sonhos” já foi visto em tantas versões no cinema e no teatro quanto o número de vezes em que Céline Dion cantou My Heart Will Go On nos shows. De tempos em tempos, mesmo tendo naufragado há mais de 110 anos, ele emerge nas manchetes e nos palcos, como na produção da Broadway Titanic: The Musical, de Maury Yeston e Peter Stone, vencedora do Tony de Melhor Musical em 1997 — uma montagem de duas horas e meia surpreendentemente séria. Nenhuma, no entanto, se compara ao impacto cultural do blockbuster homônimo de James Cameron, também de 1997 — você sabe, aquele com Kate Winslet e Leonardo DiCaprio flutuando em uma porta. Mas, em tempos de nostalgia e humor pós-moderno, era apenas questão de tempo até que surgisse uma nova e gloriosamente absurda encarnação: Titaníque — Uma Comédia com os Hits de Céline Dion. Uma paródia hilária, debochada e musicalmente contagiante, o espetáculo chega com produção da BARHO (de Thiago Hofman e Gustavo Barchilon) e da Uma Boa Produção (de Fernando Cabral), em cartaz no Teatro Sabesp Frei Caneca até 14 de dezembro. Aqui, o público embarca na viagem mais deliciosamente insana que o teatro musical paulistano já viu. A história é narrada — é claro — por Céline Dion em pessoa, interpretada com brilho supersônico e genialidade cômica por Alessandra Maestrini. Sim, a “Rainha das Baladas Poderosas” agora assume o leme desse naufrágio musical, conduzindo a plateia por ondas de risadas, emoções e sucessos da diva canadense, enquanto revisita, com muito humor, o trágico romance entre Jack e Rose. Esqueça o iceberg — aqui, o verdadeiro perigo é morrer de rir.

TITANÍQUE — THE MUSICAL Splashes into São Paulo with Céline Dion, Camp, and Chaos Afloat  Image
This camp parody of the hit movie has a brilliant cast,
including Luis Lobianco (as Ruth - Rose's mother) and George Sauma (as Carl).
photo by Edgar Machado.

Criado pelos talentosíssimos Tye Blue — cujo currículo inclui trabalhar na equipe de elenco de RuPaul’s Drag Race —, Marla Mindelle (intérprete original de Céline Dion) e Constantine Rousouli (o primeiro Jack da montagem), Titaníque nasceu em 2018 como uma sátira Off-Broadway e rapidamente se tornou um sucesso cult. A produção conquistou os prêmios Lucille Lortel e Off-Broadway Alliance de Melhor Musical, além de um Olivier Award em Londres — um feito notável para uma comédia que começou como um projeto despretensioso e virou febre entre fãs de teatro e cultura pop. No Brasil, sob a direção de Gustavo Barchilon, o caos cênico ganha uma irresistível camada de charme tropical, misturando o humor escrachado da Broadway com o espírito debochado do besteirol brasileiro. Barchilon, que já provou sua maestria com o divertido Alguma Coisa Podre! (Something Rotten!), demonstra mais uma vez seu domínio da arte de dirigir comédia com inteligência, ritmo e sofisticação — e aqui, com uma deliciosa dose de anarquia camp. O próprio diretor define Titaníque como “um besteirol de alto nível em alto-mar, um lembrete de que, mesmo quando tudo afunda, a gente continua cantando”. E talvez essa seja a melhor forma de descrever a essência do espetáculo — uma celebração da sobrevivência pelo riso. Já considerado por muitos o Príncipe dos Musicais no Brasil, Barchilon demonstra pleno domínio do humor camp, judaico e gay — tradições que, como ele mesmo explora, compartilham uma mesma raiz: o uso da ironia, da autodepreciação e de um olhar externo como ferramentas de resistência e crítica social. Todas transformam a dor e a marginalização em arte, riso e, acima de tudo, resiliência. É bem possível que muito em breve ele se torne também o novo Rei do Besteirol.

TITANÍQUE — THE MUSICAL Splashes into São Paulo with Céline Dion, Camp, and Chaos Afloat  Image
Alessandra Maestrini (as Céline Dion) dressed in a dazzling
silver outfit with a colossal slit, runs across the stage
like a diva, stealing the spotlight at every opportunity.
photo by Caio Gallucci.

A história de Titaníque começa em um museu — mas não espere nada acadêmico ou discreto. Lá, Céline Dion decide que está cansada de ser apenas a trilha sonora. Chega de ser pano de fundo para o romance de Jack e Rose — agora ela quer, literalmente, assumir o comando do navio e contar “a verdadeira história” do Titanic, do seu jeito: com guitarras elétricas vocais, subtextos queer e uma overdose de exagero. A partir desse momento, o espetáculo se transforma em um delírio glorioso de perucas, purpurina, luzes e beltings poderosos o suficiente para ressuscitar o malfadado transatlântico do fundo do Atlântico. No centro desse turbilhão maluco está Alessandra Maestrini, deslumbrante e impagável em uma rara performance cômica nos palcos. Com um sotaque francês deliciosamente forçado, ela canaliza a diva canadense em uma entidade mítica e irresistível — meio deusa, meio desvairada, totalmente magnética. Vestida com um reluzente traje prateado com uma fenda colossal, criação de Theo Cochrane, ela canta, dança, filosofa, faz o público gargalhar e, claro, rouba a cena sem piedade, chamando a plateia de seus “melhores amigos do mundo inteiro” enquanto corre pelo palco como uma diva megalomaníaca, roubando os holofotes em todas as oportunidades. Mas Titaníque é um verdadeiro trabalho de equipe com um espírito fantasticamente impetuoso e despreocupado, um verdadeiro dream team cômico com sinergia de sobra. Giulia Nadruz, com sua voz monumental e timing preciso, faz uma Rose deliciosamente deslumbrada, despudorada e encantadora, enquanto Marcos Veras entrega um Jack divertido e espirituoso, meio galã, meio desleixado, completamente apaixonante. Juntos, eles são o casal perfeito para um musical que ri de si mesmo — e convida o público a rir junto. Luis Lobianco é um espetáculo à parte: em drag, interpreta Ruth, a mãe tirana que faz bullying em Rose, uma mistura deliciosa de Downton Abbey com RuPaul’s Drag Race. Coroada com um chapéu de pombo empalhado e uma dose de atitude capaz de afundar o navio sozinha, ele arranca gargalhadas em todas as entradas — e em certo momento, para o show com um número de plateia que vira um dos pontos altos da noite. O elenco segue em ritmo de gala: George Sauma é um Cal tão deliciosamente detestável, o tipo de vilão que com certeza teria um perfil no Grindr com o título “Primeira Classe Somente”. Valéria Barcellos, por sua vez, arrasa como o iceberg — sim, o iceberg — reencarnado como Tina Turner, em uma performance tão inesperada quanto genial. Wendell Bendelack é pura energia como um Victor Garber amalucado, uma fusão brilhante do construtor e do capitão do Titanic (com direito a um solo impagável de “I Drove All Night”), enquanto Talita Real brilha com emoção como a inafundável Molly Brown, arrancando risos e lágrimas com uma interpretação poderosíssima de “All By Myself” no momento mais tragicômico da noite. O trio Luiza Lapa, Marcos Lanza e Luan Carvalho é o “pilar” do espetáculo — alternando entre backing vocals, trocas de figurino e personagens hilários. Cada um deles tem seu momento de ouro: Lapa é uma irlandesa deliciosamente caricata, Lanza aparece como um Luigi saído de Super Mario Bros., e Luan leva o público ao delírio como Peabo Bryson, soltando a voz em Beauty and the Beast. E para completar, Matheus Ribeiro é um verdadeiro camaleão, alternando com destreza entre o guia de museu e o marinheiro sapateador, exibindo muita graça, versatilidade e um timing cômico afiadíssimo. Com essa tripulação, Titaníque é uma comédia tão exagerada que quase quebra a quarta parede — e, de vez em quando, quebra mesmo. É puro deleite: um naufrágio glorioso onde ninguém quer ser salvo.

TITANÍQUE — THE MUSICAL Splashes into São Paulo with Céline Dion, Camp, and Chaos Afloat  Image
Titaníque - The Musical:  cast that shines from deck to hold.
Mateus Ribeiro (as the Sailor) and Wendell Bendelack (as Victor Garber).
photo by Edgar Machado.

Navegando entre o kitsch e o engenhoso a cenografia de Natália Lana é também uma piada por si só, que além de transformar o palco em um navio-cabaré, um parque de diversões para o absurdo, reaproveita o cenário que ela mesma fez para o musical Conserto Para Dois, de Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello. Por trás da loucura, há uma banda entrosada e alegre (posicionada nas laterais do palco) que mantém o público em alto astral com versões reinventadas de hits como “It’s All Coming Back to Me Now” e “I Drove All Night”, apresentados em arranjos vocais arrebatadores de Thiago Gimenes.  A adaptação para o português de Rafael Oliveira é um achado: mantém o humor do original, mas injeta brasilidade e referências pop locais — de Sandy & Júnior a White Lotus, de Wicked a Peter Pan de Produtos Jequiti a Terra Nostra. O resultado é um caldeirão de cultura pop que abraça o disparate com orgulho. E é exatamente isso que faz Titaníque funcionar: o espetáculo sabe que é uma grande piada — e se diverte com isso. É o tipo de musical que brinca com a própria grandiosidade, zombando do drama de Titanic enquanto o transforma em algo completamente libertador e hilário.

TITANÍQUE — THE MUSICAL Splashes into São Paulo with Céline Dion, Camp, and Chaos Afloat  Image
Valéria Barcellos is stunning as the iceberg reincarnated as Tina Turner.
photo by Edgar Machado.

Por trás do caos e do glitter, Titaníque também tem coração. Em meio ao deboche de Céline e às reviravoltas nonsense, há um lembrete sutil sobre o poder da arte, do riso e da liberdade. O musical é um convite à alegria sem culpa. Uma ode à cultura queer, à música pop e à capacidade de rir do trágico. Ao final, quando o último acorde ecoa e o navio afunda de vez, você percebe: não está apenas rindo — está genuinamente emocionado. Titaníque Uma Comédia com os Hits de Celine Dion é mais do que uma paródia. É uma celebração da humanidade, da risada e da força de continuar cantando, mesmo que o navio vá a pique. É Céline Dion como deusa do exagero, conduzindo uma festa teatral onde nada é proibido — nem mesmo cantar “My Heart Will Go On” como se fosse uma guitarra elétrica e lágrimas de purpurina. É como ser convidado para a festa do ano — aquela em que todo mundo é talentoso, espirituoso e um pouco maluco. De repente, entre risadas e brindes, o grupo decide encenar uma versão completamente insana de Titanic. A cada cena, o caos criativo aumenta, os improvisos disparam, e você percebe que está testemunhando algo gloriosamente fora de controle. É tão divertido que você só pensa: “por favor, que essa festa nunca acabe”!

TITANÍQUE — THE MUSICAL Splashes into São Paulo with Céline Dion, Camp, and Chaos Afloat  Image
A ship full of laughs, sequins, and Céline
with a cast and crew worthy of a standing ovation
photo by Caio Gallucci.

Ficha técnica:

TITANÍQUE — UMA COMÉDIA COM OS HITS DE CÉLINE DION

Libreto: Tye Blue, Marla Mindelle & Constantino Rousouli
Direção Artística: Gustavo Barchilon

Elenco:
Alessandra Maestrini (Celine Dion)

Marcos Veras (Jack)
Giulia Nadruz (Rose)
Luis Lobianco (Ruth - mãe da Rose)
George Sauma (Carl)
Wendell Bendelack (Victor Garber)
Valéria Barcellos (Tina Turner)
Talita Real (Molly Brown)
Mateus Ribeiro (Marinheiro)
Luiza Lapa
Marcos Lanza
Luan Carvalho

Direção de Produção: Thiago Hofman
Direção Musical | Arranjo | Orquestração: Thiago Gimenes 
Desenho de Luz: Maneco Quinderé
Coreografia e Direção de Movimentos: Alonso Barros
Figurino: Theo Cochrane
Cenografia: Natália Lana
Visagismo: Feliciano San Roman
Design de Som: João Baracho
Assistentes de Direção: Talita Real e Gabi Camisotti

SERVIÇO:
Local: Tetro Sabesp Frei Caneca - Shopping Frei Caneca
Endereço: Rua Frei Caneca, nº 569 • 7° Piso I Consolação • São Paulo • SP
Temporada: 11 de outubro a 14 de dezembro de 2025
Sessões: Sábados às 17h e 20h e Domingos às 15h e 18h 
Duração: 110 minutos
Capacidade: 600 pessoas
Vendas pela internet: (https://uhuu.com/evento/sp/sao-paulo/titanique-uma-comedia-com-os-hits-de-celine-dion-14940

Bilheteria do Teatro Sabesp Frei Caneca • Sem incidência de Taxa de Serviço
7º Piso do Shopping Frei Caneca
Rua Frei Caneca, nº 569 • 7° Piso I Consolação • São Paulo • SP
Horário de funcionamento: terça-feira a domingo das 12h às 15h e das 16h às 19h e segunda-feira bilheteria fechada.

Bilheteria do Teatro Bradesco • Sem incidência de Taxa de Serviço
3º Piso do Bourbon Shopping São Paulo
Rua Palestra Itália, nº 500 • Loja 263 • 3° Piso I Perdizes • São Paulo • SP
Horário de funcionamento: segunda-feira a domingo das 12h às 15h e das 16h às 20h. Em dias de evento o funcionamento será a partir das 12h até o final do evento.


Need more Brazil Theatre News in your life?
Sign up for all the news on the Fall season, discounts & more...


Videos