Writer and LGBTQIAPN+ Activist Herbert Daniel has His Life and Times Celebrated in the Musical CODINOME DANIEL

By Claudio Erlichman The production runs from January 12th through March 04th, at Teatro do Nucleo Experimental.

By: Jan. 09, 2024
Writer and LGBTQIAPN+ Activist Herbert Daniel has His Life and Times Celebrated in the Musical CODINOME DANIEL
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Writer and LGBTQIAPN+ Activist Herbert Daniel has His Life and Times Celebrated in the Musical CODINOME DANIEL Herbert Daniel was born Herbert Eustáquio de Carvalho in 1946 in Belo Horizonte, Brazil. He studied medicine at the Federal University of Minas Gerais but did not graduate. Adopting the clandestine nom-de-guerre Daniel, he fought as a guerrilla against the Brazilian government during the years of the military dictatorship, joining paramilitary organizations.

Daniel was one of the few participants in the armed resistance to avoid prison and torture at the hands of the regime. He self-exiled in 1974, moving to live with his partner in Portugal. He was the very last exile of the military regime to be pardoned. He returned to Brazil in 1981, after the country began its redemocratization process. Daniel became active in the Workers' Party, then participated in the founding of the Brazilian Green Party alongside other Workers' Party dissidents.

He was a lifelong activist for environmentalism and for gay rights and wrote several books, including Passagem para o Próximo SonhoMeu Corpo Daria um Romance, and Vida antes da Morte. He died in 1992, in Rio de Janeiro, of complications caused by AIDS. The Green Party's policy arm is named Fundação Verde Herbert Daniel in his honor.

Known for giving a voice to minority groups and for its research into the Brazilian way of doing Musical Theater, the Núcleo Experimental pays homage in its new work to journalist Herbert Daniel (1946-1992), LGBTQIAPN+ activist in the fight for the rights of people with HIV/ AIDS. Codinome Daniel opens on January 12, 2024 at the group's headquarters in Barra Funda, where it continues until March 4, with performances on Mondays, Fridays and Saturdays, at 9 pm; and on Sundays, at 7pm.

With direction, dramaturgy and lyrics by Zé Henrique de Paula and original music and musical direction by Fernanda Maia, the cast includes Davi Tápias, Luciana Ramanzini, Fabiano Augusto, André Loddi, Lola Fanucchi, Cleomácio Inácio, Renato Caetano and Paulo Viel.

Writer and LGBTQIAPN+ Activist Herbert Daniel has His Life and Times Celebrated in the Musical CODINOME DANIEL
From rigt to left: Cleomácio Inácio, Renato Caetano, 
Davi Tápias and
 Luciana Ramanzini
photo by Ale Catan

Com dramaturgia e direção de Zé Henrique de Paula e música de Fernanda Maia, espetáculo conta a história do jornalista que lutou pela causa LGBTQIAPN+ em plena ditadura militar brasileira

Conhecido por dar voz a grupos minoritários e por sua pesquisa sobre o modo brasileiro de se fazer Teatro Musical, o Núcleo Experimental homenageia em seu novo trabalho o jornalista Herbert Daniel (1946-1992), ativista LGBTQIAPN+ na luta pelo direito das pessoas com HIV/Aids. Codinome Daniel estreia no dia 12 de janeiro de 2024 na sede do grupo na Barra Funda, onde segue em cartaz até 4 de março, com apresentações às segundas, às sextas e aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 19h.

O trabalho tem direção, dramaturgia e letras de Zé Henrique de Paula e música original e direção musical de Fernanda Maia. Já o elenco traz Davi Tápias, Luciana Ramanzini, Fabiano Augusto, André Loddi, Lola Fanucchi, Cleomácio Inácio, Renato Caetano e Paulo Viel.

Writer and LGBTQIAPN+ Activist Herbert Daniel has His Life and Times Celebrated in the Musical CODINOME DANIEL
Codinome Daniel company
photo by Ale Catan

“Pretendemos levar ao público a vida e a obra, ainda muito desconhecida, do jornalista e escritor Herbert Daniel, um revolucionário gay que desafiou tanto a ditadura de direita quanto os setores da esquerda que reproduziam a homofobia e a heteronormatividade”, comenta Zé Henrique de Paula.

Um dos elementos de frente da luta armada, Herbert se exilou em Portugal e na França, onde contraiu HIV, foi o último dos anistiados e, uma vez de volta ao Brasil, tornou-se um ativista fundamental na luta pelos direitos das pessoas vivendo com HIV/Aids. Sua importância se deve ainda ao fato de ter sido o fundador do grupo de apoio Pela VIDDA e um dos fundadores do Partido Verde. 

Atuou pelos direitos da população LGBTQIAPN+, das mulheres, dos negros, além de ativista ambiental. Herbert morreu em 1992 devido a complicações causadas pela AIDS.

“Acreditamos que o teatro - uma das primeiras paixões de Herbert Daniel em sua juventude (ele foi também dramaturgo) - pode ser uma ferramenta poderosa no sentido de reacender uma luz sobre essa figura menosprezada da história do movimento LGBTQIAPN+ no Brasil recente. Afinal, sendo a memória uma construção social, a peça ajuda a colaborar para que minorias possam entrar em contato com o inventário da luta pela democracia, diversidade e justiça social”, acrescenta o diretor.

Codinome Daniel é a terceira parte do que o grupo chama de Uma Trilogia Para a Vida, junto com os espetáculos Lembro Todo Dia de Você e Brenda Lee e o Palácio das Princesas. Como fio condutor das três peças está um conjunto de discussões e pontos de vista a respeito da questão do HIV/Aids no Brasil, da década de 80 aos dias de hoje.

Um pouquinho mais sobre 

Writer and LGBTQIAPN+ Activist Herbert Daniel has His Life and Times Celebrated in the Musical CODINOME DANIEL
Writer and activist Herbert Daniel himself: revolutionary and gay challenged dictatorship and homophobia
photo by Divulgação

A figura de Herbert Eustáquio de Carvalho, nome de batismo do homenageado, é uma das mais esquecidas da nossa história recente, especialmente quando se leva em conta sua importância na luta pelo movimento gay e pelo ativismo em prol da democracia durante a ditadura no Brasil. Herbert foi um elemento importante na luta armada contra a ditadura de 1964 e no processo de redemocratização do Brasil. 

Estudante de medicina na UFMG, engajou-se em grupos guerrilheiros ainda no final da década de 1960. Esteve na linha de frente de assaltos a bancos e dos sequestros de diplomatas estrangeiros que garantiram a soltura de mais de uma centena de presos políticos que corriam risco de morte. 

Na militância clandestina, ele descobriu e assumiu sua homossexualidade. De um lado, encontrava-se acossado pela violência de uma ditadura moralizante e LGBTfóbica; do outro, não era aceito por parte dos seus companheiros de guerrilha. Para muitos setores das esquerdas naquele momento, a homossexualidade era vista como um desvio pequeno-burguês, uma degeneração, uma fraqueza moral, um desbunde de minorias improdutivas, em suma, um “pequeno drama da humanidade” que dividiria a “luta maior”.

Herbert teve, então, que “esquecer sua homossexualidade” para “fazer a revolução”. Tanto se dedicou que seu rosto chegou a estampar os cartazes dos “subversivos” mais procurados pelo regime autoritário. No entanto, mesmo com o cerco crescente e o extermínio físico da luta armada, ele conseguiu escapar da prisão e das torturas, exilando-se em 1974 em Portugal e, depois, na França. No exterior, contraiu HIV e tornou-se, ao retornar ao Brasil como o último dos anistiados, um ativista fundamental pelos direitos das pessoas vivendo com HIV e AIDS. 

Morto em 1992, Herbert foi um revolucionário gay que desafiou tanto a ditadura de direita quanto setores de esquerda que reproduziam a heteronormatividade. 

Foi o responsável também pela criação da Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da AIDS, que estruturou o discurso em relação à epidemia, além de cunhar o conceito de “morte civil” - referindo-se à condição de pária em que a pessoa com HIV é colocada, uma espécie de morte social antes da morte física - mostrando que não se trata apenas de uma questão de saúde, mas também sexual, social, econômica e de direitos humanos.

“Ele trouxe ideias revolucionárias para enfrentar a doença e o preconceito social, e elas ainda são válidas até hoje, como a ideia de solidariedade no combate à epidemia”, afirma o historiador e brasilianista norte-americano James Green, que lançou uma biografia de Daniel em 2018 (Revolucionário e Gay: a extraordinária vida de Herbert Daniel). “Ele era muito corajoso, foi uma das primeiras pessoas conhecidas a assumir ser gay e soropositivo.”

A biografia escrita por Green é a grande fonte de inspiração para a dramaturgia de Codinome Daniel.
 

Ficha Técnica

Writer and LGBTQIAPN+ Activist Herbert Daniel has His Life and Times Celebrated in the Musical CODINOME DANIEL
Fabiano Augusto and Davi Tápias
photo by Ale Catan

Dramaturgia e Letras: Zé Henrique de Paula

Música original: Fernanda Maia
Direção: Zé Henrique de Paula
Direção musical: Fernanda Maia

Elenco: Davi Tápias, Luciana Ramanzini, Fabiano Augusto, André Loddi, Lola Fanucchi, Cleomácio Inácio, Renato Caetano e Paulo Viel.

Assistência de direção musical: Guilherme Gila
Assistência de direção: Rodrigo Caetano
Cenografia: César Costa
Figurinos: Úga Agú e Zé Henrique de Paula
Assistente de Figurino: Cauã Stevaux
Iluminação: Fran Barros
Desenho de som: João Baracho
Preparação de elenco: Inês Aranha
Visagismo: Dhiego D'urso
Cenotécnica: Jhonatta Moura
Produção: Laura Sciulli
Assistência de produção: Victor Edwards
Fotos: Ale Catan

Design gráfico: Laerte Késsimos
Textos para programa: Isa Leite
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Redes sociais: 1812 Comunica
Estagiários: Mafê Alcântara (direção), Victor Lima (produção), Verena Lopez (som), Luis Henrique (luz), Pedro Bezerra (cenografia) e Jupiter Kohn (figurino)

Serviço

CODINOME DANIEL, do Núcleo Experimental

Temporada: 12 de janeiro a 4 de março de 2024
Sextas, sábados e segundas, às 21h, e domingos, às 19h
Teatro do Núcleo Experimental – Rua Barra Funda, 637, Barra Funda
Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada)
Venda pelo site Sympla - https://www.sympla.com.br/evento/codinome-daniel/2243061?referrer=www.google.com
Classificação: 12 anos
Duração: 120 minutos
Mais informações em @nucleoexp

Este projeto foi contemplado na 40a. edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo.



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