BWW Preview: THE REALISTIC JONESES (Os Realistas) Brings Debora Bloch to Sao Paulo at Teatro Porto Seguro

By: Mar. 31, 2016
Get Access To Every Broadway Story

Unlock access to every one of the hundreds of articles published daily on BroadwayWorld by logging in with one click.




Existing user? Just click login.

from left to right: Mariana Lima, Fernando Eiras, Debora Bloch, Emilio de Mello
photo by
Leo Aversa

With Direction by Guilherme Weber the play brings in the cast Debora Bloch, Emilio De Mello, Fernando Eiras and Mariana Lima. Unprecedented in Latin America, 'The Realistic Joneses' was the debut of Will Eno on Broadway, in 2014.

Bob Jones and his wife Jennifer meet their new next-door neighbors, John and Pony Jones. They discuss their lives, giving an "inside look at the people who live next door, the truths we think we know and the secrets we never imagined we all might share". Eno said that he wrote The Realistic Joneses because he " 'wanted to really just write a naturalistic and realistic play.' Not that 'Realistic Joneses' is precisely realistic. Both plays (Open House) read like sitcoms broadcast from a weirder, more melancholy world."

A estreia de Os Realistas (The Realistic Joneses, no original) marcou a estreia de Will Eno na Broadway em 2014, após vários êxitos no teatro americano. Debora Bloch - que já acompanhava e estudava a trajetória do autor - assistiu à montagem e decidiu que iria produzir o texto no Brasil. Com os direitos cedidos, firmou parceria com Guilherme Weber, que assina a direção da empreitada e tem total intimidade com o universo do dramaturgo: ele ostenta o título de ator que mais encenou Will Eno em todo o mundo.

Os Realistas estreia em São Paulo depois de uma bem-sucedida temporada no Rio de Janeiro, marcada pelo encontro inédito nos palcos de Debora com Emílio de Mello, Fernando Eiras e Mariana Lima. Em cena, dois casais de vizinhos se encontram e descobrem ter mais em comum do que as casas idênticas e sobrenomes iguais. Com este ponto de partida, a peça flagra a convivência do quarteto e os relacionamentos que começam a se entrelaçar. Em um hábil jogo de cena, o autor mostra também que nem tudo é o que parece ser, fazendo ainda que as situações reflitam sobre os diferentes estágios do casamento.

Para o diretor, a peça é um exercício do autor sobre o gênero realista. "É um gênero em que os heróis dão lugar a pessoas comuns. Nesta história, Eno desloca seus personagens para uma pequena cidade interiorana e campestre, em um movimento de alguma maneira também reverente ao teatro de Tchekhov. Este confronto com a natureza, o vasto e o desconhecido faz com que estes personagens se cruzem em uma comédia existencialista sobre vida, morte, amor e vizinhos", analisa Guilherme Weber, cuja relação com a obra de Will Eno começou em 2003, quando estrelou e assinou a criação com Felipe Hirsch da montagem brasileira de Temporada de Gripe (The Flu Season).

Depois, seguiu com Thom Pain - Baseado em Nada (2006) e Lady Grey - Em Luz Cada Vez Mais Baixa (2006), nas quais também atuou e dividiu a criação com Hirsch, e Ah, a Humanidade e Outras Boas Intenções, reunião de cinco peças curtas do autor, em que atuou a assinou o projeto junto com Murilo Hauser.

Os Realistas marcou ainda o retorno de Debora Bloch à produção teatral, tarefa que abraçou em meados dos anos 80. De lá para cá, ela foi responsável por espetáculos que marcaram a história recente do teatro brasileiro, como Fica Comigo Esta Noite (1990), que lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Atriz em 1990, Duas Mulheres e Um Cadáver (2000), estrelado e produzido ao lado de Fernanda Torres, Tio Vânia (2003), em montagem dirigida por Aderbal Freire-Filho que ocupou o Parque Lage. Seu último espetáculo foi o monólogo Brincando Em Cima Daquilo (2007/2008), com direção de Otávio Muller.

Will Eno por Guilherme Weber

Will Eno já foi chamado pela crítica nova iorquina de 'O Samuel Beckett da geração Jon Stewart', em referência ao apresentador e comediante que esteve à frente do programa Daily News por dezesseis anos. Aluno de Edward Albee em sua famosa oficina de dramaturgia, foi apontado pelo mestre como o melhor dramaturgo de sua década. Criando códigos originais a partir de suas consagradas referências, como Harold Pinter, além de Beckett e o próprio Albee, Eno foi indicado ao prêmio Pulitzer pelo monólogo Thom Pain - Baseado em Nada.

Em sua primeira experiência como espectador, junto ao seu pai em uma pequena plateia, é que o dramaturgo passa a criar seus códigos de criação, lembrando da delicada situação pela qual passaram os atores daquela montagem quando, ao tentar realizar um truque cênico, foram revelados em sua tentativa de ilusão. Uma cadeira, presa a um fio de nylon, deveria sair do palco em um movimento mágico, conduzida pelo fio invisível. No meio do movimento, a cadeira cai e sai do palco arrastada, como um peixe morto. O truque falhado, a cadeira arrastada, os atores fragilizados e as entranhas do teatro reveladas aos espectadores provocou tal impacto no jovem Eno que a ativação desta memória passou a pautar sua sofisticada escrita, que busca, de diferentes maneiras, recriar esta sensação de perigo e exposição, que em sua obra às vezes acomete os personagens, às vezes os atores e quase sempre os espectadores.

Os Realistas marca a estreia do autor na Broadway. O que faz uma peça como esta no mais tradicional circuito de teatro americano é a pergunta que a maioria dos críticos e espectadores se fizeram ao longo da temporada. Will Eno não é conhecido por suas tramas urdidas para o espectador médio. Mas, ao longo dos meses, os personagens complexos e os diálogos profundos, engraçados e cheios de jogos de linguagem, que são uma das mais fortes características do autor, conquistaram o público através das performances de ourivesaria dos quatro atores. A estreia de Will Eno na Broadway terminou com pleno êxito.

Serviço:

from left to right: MarianaLima, Emílio de Mello, Debora Bloch, Fernando Eiras
photo by
Leo Aversa

Ficha técnica:

Texto: Will Eno
Tradução: Ursula de Almeida Rego Migon e Erica de Almeida Rego Migon
Direção Geral, Adaptação e Trilha Sonora: Guilherme Weber
Elenco: Debora Bloch, Emílio de Mello, Fernando Eiras e Mariana Lima.
Cenografia: Daniela Thomas e Camila Schmidt
Figurinos: Ticiana Passos
Iluminação: Beto Bruel
Direção de Produção: Alessandra Reis

OS REALISTAS

De 2 de abril a 29 de maio.

Sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 19h.

Ingressos: R$ 100 (plateia) e R$ 50 (balcão / frisa)

Classificação etária: 12 anos

Duração: 100 minutos

TEATRO PORTO SEGURO

Al. Barão de Piracicaba, 740 - Campos Elíseos - São Paulo.

Telefone (11) 3226.7300

Bilheteria: Terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h

Capacidade: 508 lugares

Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto na compra de 1 ingresso + acompanhante

Formas de pagamento: Todos os cartões de crédito e débito

Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos

Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) - Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto

Serviço de Vans: TRANSPORTE GRATUITO ESTAÇÃO LUZ - TEATRO PORTO SEGURO - ESTAÇÃO LUZ. O Teatro Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro. COMO PEGAR: Na Estação Luz, na saída Rua José Paulino/ Praça da Luz/Pinacoteca, vans personalizadas passam em frente ao local indicado para pegar os espectadores. Para mais informações, contate a equipe do Teatro Porto Seguro.

Vendas: www.ingressorapido.com.br

Site: http://www.teatroportoseguro.com.br

Facebook: facebook.com/teatroporto

Instagram: @teatroporto



Videos