Review: Named as the Musical of the Decade, WICKED Opens in Sao Paulo

By: Mar. 04, 2016
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Myra Ruiz (Elphaba) and Fabi Bang (Glinda)
photo by Mare Martin

Wicked: The Untold Story of the Witches of Oz is a musical with music and lyrics by Stephen Schwartz and book by Winnie Holzman. It is based on the 1995 Gregory Maguire novel Wicked: The Life and Times of the Wicked Witch of the West, an alternative telling of the 1939 film The Wizard of Oz and L. Frank Baum's classic 1900 story The Wonderful Wizard of Oz. The musical is told from the perspective of the witches of the Land of Oz; its plot begins before and continues after Dorothy's arrival in Oz from Kansas and includes several references to the 1939 film and Baum's novel. Wicked tells the story of two unlikely friends, Elphaba (the Wicked Witch of the West) and Glinda, who struggle through opposing personalities and viewpoints, rivalry over the same love-interest, reactions to the Wizard's corrupt government, and, ultimately, Elphaba's public fall from grace.

Uma das coisas que mais podem afligir os produtores, autores, atores, enfim, toda equipe envolvida é como será a estreia de uma peça na Broadway. Dependendo do burburinho poderá ser decretado seu sucesso ou fracasso; se verá a próxima semana ou se ficará meses, ou quem sabe anos em cartaz. Quando estreou em San Francisco, Wicked não causou grande alarde. As críticas foram desencontradas, instalando tal pânico, que três dos sete atores principais foram trocados. E para completar o time por trás do musical era composto por um compositor que não tinha um sucesso na Broadway por décadas, um diretor fazendo seu debut em musicais e um produtor novato. Conforme foi indo para Nova York o show ia se afinando e conquistando a sua plateia, até se tornar o maior sucesso da Broadway, na primeira década do século XXI e eleito o 'musical da década' pelo The New York Times.

Apesar de tudo Wicked foi um sucesso em grande escala, principalmente porque encontrou a sua turma. Nos velhos tempos, a Broadway tendia agradar todas as plateias de todas as idades. Até mesmo shows ostensivamente infantis como Peter Pan, com a lendária Mary Martin, tinham muito com que os adultos pudessem desfrutar. Hoje em dia, as plateias (em todas as áreas do entretenimento) são mais fragmentadas e o sucesso de um show se tornou uma questão de demografia. Musicais como Cats e 42nd Street eram encenados para casas lotadas de turistas estrangeiros; a Disney colocou bumbunzinhos nas poltronas com A Bela e a Fera, Mary Poppins, O Rei Leão e Aladdin; RENT e O Despertar da Primavera trouxeram multidões de adolescentes e universitários; e A Cor Púrpura explorou o mercado afro-americano melhor do que qualquer outro musical em décadas.

Então há as adolescentes. Uma geração inteira de garotas dos seus dez aos quinze anos com vozes chorosas implorando aos seus pais por ingressos de $120,00 dólares para shows como Hairspray, Legally Blonde e Wicked. A girlpower não deve ser subestimada como um potencial junto às bilheterias da Broadway. Se estas princesinhas gostam do musical, elas voltam de novo e de novo... e trazem as suas amigas.

É claro que com mais de uma centena de lugares para lotar, Wicked não poderia depender somente destas jovens para mantê-lo à tona. Um quarto da plateia tem mais de cinquenta anos, a demografia tradicional da Broadway. E, embora os manhattanenses possam evitar uma protagonista pintada de verde, os de fora da cidade voaram (presumivelmente não em vassouras ou bolhas) para garantir ao show a quantia de algo como U$1 milhão por semana.

Emerald City
photo by Mare Martin

Wicked - A História Não Contada das Bruxas de OZ é vagamente inspirado na inventiva lucubração do romancista Gregory MaGuire sobre o que teria realmente acontecido em O Mágico de OZ (de L. Frank Baum) antes de Dorothy chegar, contada pela perspectiva das bruxas. Stephen Schwartz ficou tão entusiasmado após ler a novela que ele solicitou e obteve os direitos para adaptá-la para o teatro em colaboração com a libretista Winnie Holtzman. A ação começa na Universidade Shiz, dirigida por Madame Morrible (Adriana Quadros), onde as bruxas estudantes Elphaba, a "Bruxa Malvada do Leste" (Myra Ruiz) nobre e verde; e a ambiciosa e popular Glinda/Galinda (Fabi Bang), "A Bruxa Boa do Norte" se conhecem e eventualmente se confrontam. As origens do sapatinho de rubi (que aqui é prateado), dos munchkins, do Homem de Lata, do Leão Covarde, do Espantalho, da Estrada de Tijolos Amarelos, do Mágico, dos macacos voadores e até mesmo do chapéu pontudo são todas explicadas.

Aqui temos um dos melhores escores de Stephen Schwartz - embora haja controvérsias, admito! - onde desfrutamos de um show com canções notavelmente atraentes com direito a beltings elevados, cortesia de Myra e Fabi, e uma orquestra fantástica conduzida por Vânia Pajares. Aqui e ali podemos reconhecer algumas composições anteriores de Schwartz, especialmente o "Magic to Do" de Pippin. Pelo menos três ou quatro canções são de alto nível incluindo "O Mágico e Eu", um número do tipo I want, onde Myra exibe seu extraordinário belting, e "Tudo Mudou", um típico eleven-o-clock duet, entre Myra e Fabi, que alcança uma incrível voz de gás hélio, assim como Kristin Chenoweth, que consagrou o papel. Fabi Bang, perfeita no papel, é uma das melhores Glindas que eu já assisti e tem seu grande momento na showstopper "Popular". Myra, na difícil tarefa de protagonizar um papel imortalizado por Idina Menzel na Broadway, pelo qual ganhou o Prêmio Tony, se sai muito bem e nos dá outras performances encantadoras particularmente em "Não É Para Mim", "Todo Bem Tem Seu Preço", "Desafiar a Gravidade" (quando a plateia vem abaixo) e no dueto "Se Eu Tenho Você" (com André Loddi - revezando com Jonatas Faro como Fiyero). André Loddi, assim como Myra e Fabi, vem de recentes musicais da dupla Möeller & Botelho. Myra Ruiz no papel de Saraghina e Fabi Bang no papel de Bianca/Lois Lane foram as grandes revelações do ano passado de Nine e Kiss Me, Kate, respectivamente. É notável a evolução e a versatilidade de Loddi nos palcos desde O Despertar da Primavera, demonstrando que pode fazer desde um alfaiate songamonga (Um Violinista no Telhado), a um bajulador sicofanta (Como Vencer na Vida Sem Fazer Força) e agora um príncipe autocentrado. Vale ressaltar as ótimas interpretações do elenco coadjuvante que inclui Adriana Quadros (Madame Morrible), Sérgio Rufino (O Maravilhoso Mágico de OZ), Bruno Fraga (Boq) e Giovanna Moreira (Nessarose). Repare também no tema "Unlimited" que é usado como o segundo grande motif através do score. O tema aparece como um interlúdio em vários números musicais. É uma forma de tributo a Harold Arlen, que compôs o score da versão para o cinema, de 1939. A melodia de "Unlimited" incorpora as sete primeiras notas de "Over the Rainbow". É uma piada interna de Schwartz, já que, de acordo com as leis de copyright, se ele usasse as oito primeiras notas, poderia ser acusado de roubo e plágio. A coreografia com suas fitas rodopiantes e saltos acrobáticos assemelham-se a ginastas rítmicos com uma dose de dança-de-são-vito, com direito a um sambinha em determinado momento, e o desenho cênico de Eugene Lee (responsável pelo revolucionário cenário de Sweeney Todd) é mais imponente do que inspirado, e no Teatro Renault é o maior cenário já montado para o musical. O libreto de Holzman é o melhor componente do show: tocante, inteligente, e cheio de humor dirigido aos personagens. Esta característica foi bem preservada na versão brasileira de Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler.

Devo confessar que o musical Godspell, do mesmo Schwartz, foi aquele que nos anos 70, me fez gostar de musicais. Assim como O Fantasma da Ópera ou Les Misèrables nos anos 80, Wicked foi nos anos 2000 o responsável por fazer uma geração toda se apaixonar por este gênero. Este musical acabou se tornando um fenômeno cultural e hoje integra a cultura pop. Várias de suas canções se tornaram populares e regravadas por vários cantores, e até mesmo em outros musicais como em [title of the show] e Shrek the Musical, Wicked foi parodiada. A personagem Elphaba foi nomeada como um dos 100 Maiores Personagens dos últimos 20 Anos, pela revista Entertainment Weekly, e a fantasia com o figurino dela já é uma das 10 mais em Halloween. Por isso tudo vale a pena conferir esta superprodução que já faz parte da história do teatro musical.

Serviço:

WICKED - A História Não Contada das Bruxas de Oz

APRESENTADO POR MINISTÉRIO DA CULTURA E GRUPO BRADESCO SEGUROS

Local: Teatro Renault - Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 - Bela Vista, São Paulo - SP

Sessões: Quintas e Sextas, às 21h, Sábados, às 16h e 21h, e Domingos, às 15h e 20h.

Temporada de 04 de março a 31 de julho de 2016

Capacidade: 1.530 lugares.
Assentos: O teatro conta com 16 assentos para deficientes físicos e 11 para pessoas obesas.
Classificação etária indicativa: Livre. Menores de 12 anos: permitida a entrada (acompanhados dos pais ou responsáveis legais).

Estacionamento: O teatro não possui estacionamento próprio.
Ingressos: De R$ 25 a R$ 280.

Vendas: na bilheteria do Teatro Renault, pela internet (http://www.ticketsforfun.com.br/) e pontos de venda espalhados pelo país.
Mais informações: www.ticketsforfun.com.br

Leia mais em: http://zip.net/bfsKF8

Elenco:

photo by Mare Martin

Elphaba - Myra Ruiz

Glinda - Fabi Bang

Mágico de Oz - Sérgio Rufino

Madame Morrible - Adriana Quadros

Fiyero - Jonatas Faro e André Loddi

Nessarose - Giovanna Moreira

Boq - Bruno Fraga

Doutor Dillamond/ Cover de Mágico - César Mello

Elphaba Stand by - Talita Real

Ensemble - Hellen de Castro

Ensemble- Júlia Duarte

Ensemble- Roberta Jafet

Ensemble - Sara Marques

Ensemble- Vânia Canto

Ensemble - Carolina Franco

Ensemble - Jess Gardolin

Ensemble - Laura Ávila

Ensemble - Sâmella Nathielle

Swing Crossover - Andreza Meddeiros

Swing - Fernanda Muniz

Swing- Thuany Parente

Ensemble- Diego Montez

Ensemble - Jessé Scarpellini

Ensemble/ Pai -Leo Wagner

Ensemble - Matheus Paiva

Ensemble - Rodrigo Negrini

Ensemble - Fábio Lima

Ensemble - Gabriel Malo

Ensemble - Kauê Ribeiro

Ensemble - Lucas Nunes

Swing - Cauan Vieira

Swing Crossover - Guilherme Pereira

Swing - Sandro Conte

Jonatas Faro as Fiyero
photo by Mare Martin

Ficha Técnica:

Musica e Letras - Stephen Schwartz

Libreto

- Winnie Holzman

Baseado na obra de Gregory Maguire

Diretor - Joe Mantello

Encenação Musical - Wayne Cilento

Cenografia - Eugene Lee

Figurino - Susan Hilferty

Iluminação - Kenneth Posner

Som - Tony Meola

Versão Brasileira - Mariana Elizabetsky & Victor Mühlethaler

Diretora Residente - Rachel Ripani

Diretora Musical Residente - Vânia Pajares

Projeções - Elaine J. Mccarthy

Perucaria & Cabelo - Tom Watson

Supervisão Musical/Arranjos - Stpehen Oremus

Orquestração - William David Brohn

Arranjos Musicais - Alex Lacamoire


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