BWW INTERVIEWS: Claudio Botelho Talks ANNIE, KISS ME KATE & FIDDLER in the Works

By: Jan. 08, 2010
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Claudio Botelho concedeu à pagina brasileira do BWW uma entrevista exclusiva sobre seu proximo trabalho, VERSÃO BRASILEIRA (BROADWAY IN PORTUGUESE) alem de revelar  detalhes sobre a futura estreia de GYPSY e, acredito que em primeiríssima mão, os proximos musicais da Broadway que estão em seus planos.

BWW- Fale um pouco de VERSÃO BRASILEIRA, Cláudio.

BOTELHO- Bem, na verdade é uma retrospectiva de todos esses anos trabalhando com o Charles (Moeller). Eu apresento algumas canções no original e outras em português, já que são minhas as versões dos principais musicais exibidos no Brasil nos últimos 10 anos.   Também em português são as músicas de Chico Buarque dos musicais "Ópera do Malandro" e "Suburbano Coração".

BWW- Voce estará sozinho em cena?

BOTELHO- Cantando e contando histórias divertidas destes 20 anos de carreira, sim. Mas estarei sendo acompanhado por tres musicos: Edgar Duvivier (sax e clarinete), Marcelo Castro (piano) e Thiago Trajano (violão, guitarra e banjo).

BWW- Sabemos que voce é apaixonado por GYPSY há muitos anos. Especificamente de quem foi a idéia de montar esta obra prima no Brasil ? Sua,do Charles ou da Totia ?

BOTELHO- Na verdade, é dos tres mais a Adriana Garambone, que também é apaixonada pelo papel de Louise e foi grande incentivadora de fazermos isso juntos.
 
BWW- Claro que voce já viu, mesmo antes de pensar nesta montagem, varias versões  de GYPSY, fossem elas no cinema, na televisão ou na Broadway, como os dois ultimos "revivals".  Voce e Charles vão nos surpreender com um espetaculo extremamente autoral (como fizeram com SPRING AWAKENING de forma magistral) ou vão apresentar ao publico brasileiro esta velha amiga de todos nós (Mama Rose) do modo com que  foi , como espetaculo, originalmente concebida?

BOTELHO- Não temos nenhum compromisso com as montagens anteriores. Naturalmente gostamos muito e vamos usar a coreografia de Jerome Robins (temos os direitos), pois esta é um clássico que vale a pena mostrar na sua integridade ao públcio brasileiro. Mas haverá uma nova concepção e uma tentativa de tornar o espetáculo mais universal e menos americano. Esta é nossa obrigação pois fazemos teatro no Brasil e achamos que é um dever aproximar as obras do público, naturalmente sem adaptações grosseiras ou invencionices gratuitas. 
 
BWW- Seja franco: Sam Mendes ou Arthur Laurents ( do ultimo "revival") ?
 
BOTELHO-Olha, eu vi a montagem do Sam Mendes na estreia e achei super fria. Dizem que melhorou depois. A do Arthur Laurents na verdade é apenas um concerto encenado e a força toda está no trio principal de intérpretes, especialmente na Patti LuPone. Imagino que, sem ela, a montagem beirasse o insuportável pois é uma produção bastante pobre, com cenários apenas indicados, e figurinos burocráticos. Chama atenção também a orquestra em cena, mas nada além disso.
 
BWW- Voce o o Charles em A NOVIÇA REBELDE  lidaram com varios elencos diferentes, compostos por muitas crianças. Não quero ser indiscreto mas voce acha que o arquétipo "mãe de artista" , em maior ou menor grau, existe até (ou principalmente) hoje ? Se a resposta for "sim", garanto que este "laboratorio" deve ter sido fascinante, não ?
 
BOTELHO- Existe sim. Mais do que a gente imagina. O laboratório é fascinante até certo ponto... Algumas vezes pode ser um pesadelo. O mais engraçado é quando você se depara com mães de meninos (e não meninas) que são verdadeiras Mama Rose atuais e inconvenientes na mesma medida. O Charles é quem lida melhor com o elenco infantil e seus genitores. Eu sou mais distante disso.
 
BWW- Como está sendo para voce ensaiar GYPSY e VERSÃO BRASILEIRA ao mesmo tempo, alem de se envolver com muitos outros projetos (como a televisão e o lançamento do livro OS REIS DOS MUSICAIS sobre a trajetória da dupla Botelho e Moeller como parceiros no teatro) ?

BOTELHO-Sem dúvida bastante desgastante. Por sorte os ensaios de Gypsy começam apenas após o carnaval, o que me deu uma trégua. Mas estou traduzindo o musical JEKYL AND HYDE, que é uma tradução complicada e isso me tira o sono...Gostaria de parar um pouco, mas realmente a vida tem sido generosa conosco e as oportunidades aparecem. Estamos tentando otimizar e aproveitar tudo. 
 
BWW- Assistimos a um video com um depoimento seu, em que voce afirmava que GYPSY talvez fosse o maior musical americano de todos os tempos. E FOLLIES? Continua nos seus planos?

BOTELHO- Olha, hoje em dia quando eu digo que algo está nos meus planos, vem um urubu que nunca viu um musical na vida e compra os direitos. Ficou complicado a gente falar de sonhos e planos pois há muitos arrivistas no mercado, gente que vem de outras áreas como comédia ou novelas, e da noite pro dia dão entrevista como os inventores do musical no Brasil... De modo que quero ficar quieto sobre os planos futuros, revelo aqui apenas os que estão no contrato já, ou seja (exclusivo pra você): GYPSY, HAIR, ANNIE, UM VIOLINISTA NO TELHADO, KISS ME KATE... Há um outro super em voga que estamos quase assinando o contrato e prometo revelar logo a voces.



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